segunda-feira, 28 de setembro de 2009


É o quase que me incomoda, o talvez que me entristece, que me mata… trazendo tudo que poderia ter sido e não foi… Basta pensar nas oportunidades que escaparam pelos dedos, nas chances que se perderam, nas ideias que nunca sairão do papel por essa maldita mania de viver no Outono.. Pergunto me, às vezes, o que nos leva a escolher uma vida morna; vazia de tudo o que nos faz felizes. Ou melhor, não me pergunto, contesto…

A resposta eu sei de cor, está estampada na distância e frieza dos sorrisos, na frouxidão dos abraços, na indiferença dos “Bom dia”, quase que sussurrados…dos gestos inexistentes… A paixão queima, o amor enlouquece, e o desejo trai. Talvez esses fossem bons motivos para decidir entre amor e a dor, sentir o nada, mas não são… franqueza, dialogo ou honestidade, é algo que deveria ser obrigatório.. se a virtude estivesse mesmo no meio-termo, o mar não teria ondas, os dias seriam nublados e o arco-íris em tons de cinza….

O nada não ilumina, não inspira, não aflige nem acalma, apenas amplia o vazio que cada um traz de si… Pros erros há perdão; pros fracassos, chance; pros amores impossíveis, tempo… De nada adianta cercar um coração vazio ou economizar alma….é triste mas é verdade..

Não quero deixar que a saudade me sufoque, que a rotina me acomode.. que o medo me impeça de tentar…sou uma jovem cheia de força, com muito para dar e para receber… dou por mim a desconfiar do destino, mas em mim não vou deixar de acreditar... quero perder mais horas a realizar do que a sonhar… a fazer que a planejar…a viver que a esperar… porque, embora” quem quase morre esteja vivo, quem quase vive já morreu!”
O altruísmo molda-nos a convivência e acaba por nos estragar..

“Pedras no meu caminho, apanho-as com muito custo e junto todas, e um dia construo um castelo”

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